O novo presidente-executivo da Research In Motion prometeu na terça-feira que reverteria a situação da companhia em crise com o lançamento da nova geração do BlackBerry no ano que vem, e disse aos accionistas que faria da RIM “uma máquina de caça, enxuta e eficiente”.
Thorstein Heins – que estava presidindo à sua primeira assembleia geral de accionistas desde que assumiu como presidente-executivo em Janeiro – está enfrentando uma batalha formidável para recolocar no rumo a fabricante do BlackBerry. O preço das acções da empresa despencou em cerca de 80 por cento, e sua participação de mercado evaporou, com a adopção do iPhone, da Apple, e dos aparelhos equipados com o sistema Google Android. Na assembleia, Heins delineou a estratégia da empresa para o lançamento de sua nova geração de aparelhos BlackBerry 10, no ano que vem.
Ele parecia contrito ao reconhecer a insatisfação dos accionistas com o desempenho da companhia e sua frustração diante do atraso no lançamento dos novos modelos, que só acontecerá depois da temporada de festas de final de ano.
“Não estou satisfeito com o desempenho da empresa nos últimos 12 meses”, disse Heins. “Muitos de vocês estão frustrados com a nossa demora em realizar a transição”.
“Não estou satisfeito com o desempenho da empresa nos últimos 12 meses”, disse Heins. “Muitos de vocês estão frustrados com a nossa demora em realizar a transição”.
A RIM anunciou no mês passado seu primeiro prejuízo operacional em oito anos, e informou que realizaria 5 mil demissões, quase um terço de sua força de trabalho, enquanto batalha para retomar sua posição como inovadora no sector. Ao mesmo tempo, Heins expressou confiança em que a empresa, sob sua nova direcção, estava no caminho certo. “Montei uma equipe de liderança para a RIM claramente capacitada para nos conduzir ao futuro”, disse aos accionistas.
Heins afirmou que a revisão estratégica que a empresa está realizando tem por foco reverter a crise, com uma carteira de produtos mais enxuta e mais concentrada nos pontos fortes dos aparelhos. Ele admitiu que a RIM terá de aceitar preços de venda inferiores à sua média histórica e uma queda na receita de serviços, este ano, enquanto se esforça por continuar vendendo os modelos BlackBerry 7, que enfrentam dificuldade para concorrer com os modernos iPhones da Apple e com os celulares equipados com o Google Android.